Foi para responder a um período de crise acentuada, que se fazia sentir no final do século XIX, que se disseminaram as Associações de Socorros Mútuos.
Imbuídos de um espírito solidário mas inexperientes, quanto à gestão administrativa e financeira das suas organizações, os seus promotores acabaram por provocar às associações uma vivência frágil, derivada da falta de confiança nos dirigentes e desavenças entre os associados. Desses primeiros dirigentes releva o nome do operário Alfredo Francisco dos Santos que, em Avintes, foi fundador de três associações.
Em 1893 foi fundada a Associação de Socorros Mútuos Restauradora para Enterros de Todos os Sexos de Avintes que, a partir de 1931, passaria a designar-se por Associação de Socorros Mútuos Restauradora de Avintes. Foram seus fundadores: Alfredo Francisco dos Santos, Manuel Francisco de Sousa, Manuel de Oliveira Rebelo, Domingos Ferreira Aleixo, Joaquim Moreira Marques, Francisco José de Araújo, Manuel Moreira Marques, António da Silva Santos, Paulo Soares Adegas, Manuel da Silva Rito, Joaquim Alves Pinto e João Teixeira.
Ao longo da sua existência a ASM Restauradora de Avintes anexou algumas associações, umas por opção e outras por imposição legislativa, dentre as integradas regista-se: Associação de Socorros Mútuos Avintense e Montepio Fúnebre Familiar de Ambos os Sexos, fundada em 1889 e integrada em 1942; Associação de Socorros Mútuos Senhora das Necessidades Avintense, fundada em 1895 e integrada em 1971; Associação de Socorros Mútuos Familiar Nossa Senhora do Rosário de Santa Marinha de Crestuma, integrada em 1942; Associação de Socorros Mútuos Cooperativa a Previdente para Cuidados Médicos e Medicamentos de Avintes, fundada em 1910 e integrada em 1958.
Os primeiros estatutos foram aprovados em Assembleia-geral no ano de 1894 e o alvará régio para a sua aprovação foi concedido em 1900. No ano da fundação, entre 16 de Julho e 31 de Dezembro, foram admitidos 233 associados. O primeiro associado a falecer foi Vitorino Teixeira, associado nº 7, em 11 de Julho de 1894, tendo a viúva usufruído do benefício correspondente. A primeira cota instituída foi de 20 reis semanais e 20 reis mensais para o cobrador. Dentre os primeiros associados releva o nome de Alfredo Francisco dos Santos, que foi fundador, dirigente e benemérito e a quem, em Sessão Solene realizada em 14 de Janeiro de 1894, foi atribuído, pela Assembleia, um voto de louvor. Actualmente a associação tem aproximadamente 11.500 associados, distribuídos pelas diversas freguesias dos concelhos de Vila Nova de Gaia e Gondomar e ainda nos concelhos limítrofes.